sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Para olímpicos

Pensei em escrever alguma coisa sobre os Jogos Paraolímpicos. Nada mais justo, uma vez que ousei também dar minha opinião sobre a fraca atuação dos atletas ditos "normais". Ma aí me lembrei de um texto magnífico que o Binatti emprestou para a Revista Viamão, em 2004. Marcelo soube captar com sua sensibilidade o que muitos de nós pensávamos naquela edição dos jogos e com o resultado ainda mais dramático em Pequim, não há muito mais o que dizer:
"Que pena, que poucos dão atenção.
Que pena, que muitos não tenham coragem de assistir.
Que pena, que muitos se sintam superiores.
Que pena, que poucos são os corajosos.
Que pena, que muitos trocam de canal.
Que pena, que poucos são os patrocinadores.
Que pena, que são pequenos os espaços.
Que pena, que há pouca divulgação.
Que pena, que os números interessam mais.
Que pena, que o reconhecimento é quase nulo.
Que pena, que o interesse é ainda menor.
Que pena, que as nossas escolas não estudem nossos atletas.
Que pena, que os 'outros' tivessem mais destaque.
Que pena, que não sabemos o nome dos campeões.
Que pena, que não sabíamos que éramos tão bons.
Que pena, que são poucos os voluntários.
Que pena, que são muitos os atletas.
Que pena, que alguns ainda sintam pena.
Que pena...
Que pena...
Esperamos pela volta: presidente, autoridades, povo... Nem recepção? Que pena!
Deixa pra lá.
Seria lindo estimulante e fascinante.
Esses verdadeiros atletas da vida, atletas do amor, atletas da superação.
Medalhas... Medalhas... todas as medalhas...
Vocês deveriam, e já estão no mais alto lugar do pódio, campoões, a bandira, o hino, voc~es podem escolher.
Muitos de nós fugimos do nada, atletas tremem na decisão, por uma dor estomacal, um resfriado.
Vocês não! Vocês não fugiram da luta, vocês botaram a cara pra bater, vocês são demais...
Que pena, que somos normais...
E vocês... São especiais!"
Última quinzena
Estamos entrando nos quinze últimos dias da campanha eleitoral que, diga-se de passagem, não decolou. E não decolou pra ninguém. Com as restrições à propaganda, temos que concordar que a cidade ficou mais limpa e agradável, mas os candidatos e seus cabos eleitorais vão ter que fazer ginástica de agora em diante. Como diria um amigo meu, corpo a corpo não resolve, tem que nocautear o eleitor.
Morro e não ouço tudo
Achei que nada poderia superar a locução do querido Arruda, na propaganda eleitoral gratuita no rádio, da coligação "União por Viamão". Tá tão melosa que parece que o Arruda virou baiano. Pois ontem conseguiram superar a malemolência do nosso locutor. Pois no programa do PT os "tauras" chamam o candidato a prefeito de "Aléques". Mas bah, índio véio!
Parabéns
Não posso deixar de parabenizar esta equipe maravilhosa do Diário de Viamão, pelos dois anos de excelente trabalho. Fazer um jornal em Viamão sempre foi um desafio, e fazer diariamente é mais desafiador ainda. Ao amigo Dickow e aos demais colaboradores deste jornal, o meu abraço e o agradecimento por agüentarem este colunista.
Coluna publicada em 20 de setembro de 2008.

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