domingo, 18 de outubro de 2009

Enem

Até parece que eu não tenho nada melhor para fazer, mas ainda assim resolvi analisar as provas do Enem, que acabaram vazando e obrigaram o Ministério da Educação a remarcar as provas, e refazer todo o conteúdo. Tirando o viés politicamente-correto e a tendência esquerdista do material, resolvi testar meus conhecimentos, vinte e quatro anos depois de ter prestado o único concurso vestibular de minha vida. E me assustei com o resultado.
Não! Não levei bomba! Fui por sinal muito bem, com uma média de acertos de 92% (não sei se isso seria bom para tentar uma vaga, no atual sistema de ingresso), mas fiquei pensando nas novas gerações. Sei que os educadores vão dizer que o processo educacional hoje em dia baseia-se muito mais nas ferramentas cognitivas, explorando as experiências e a vivência do dia a dia do aluno: “o pai de Joãozinho tem um 38 com seis balas no tambor. Quantas vezes ele precisa recarregar a arma para matar 18 integrantes da gang rival?”, coisas desse tipo.
Mas eu já fui aluno e você, caro leitor, também, e agora depois de velhos e pais de família, somos obrigados a fazer uso dos clichês que nos atormentavam, quando éramos adolescentes: “No meu tempo não era assim!”. É verdade, não era assim mesmo. Só que como pai, hoje, me preocupo não com a capacidade de nossos filhos em apreender conhecimento com estes novos métodos, mas com o conteúdo que vai realmente restar em suas vidas. Porque a absorção de conhecimento está em todos os meios de comunicação, acessível por todas as mídias, também é verdade que nunca foi tão volátil. E no frigir dos ovos, tenho medo que bombardeado com tanta informação, não reste nada que se aproveite em cérebros cada vez mais frágeis.

Fórum Municipal
Apesar do baixo quorum, foi muito bom o Fórum Municipal de Comunicação, que aconteceu na quinta-feira à tarde, ali na Casa Intersindical. Quem ficou até o final da reunião estava realmente interessado no processo e muitas deliberações que vão compor o documento que a sociedade viamonense apresentará à reunião estadual, em novembro, tenho certeza que ajudarão no processo de construção de uma nova realidade nas políticas públicas para a Comunicação, seja ela impressa, televisionada, radiofônica ou pelos modernos meios de comunicação, como a internet.
Em se tratando de rádios comunitárias, deu pra notar que a maioria dos representantes tem noção do que deve mudar, mas falta principalmente a discussão sobre o verdadeiro papel destes veículos de comunicação na nossa sociedade. Sugeri, e a turma aceitou, que depois dos fóruns estaduais e federais que acontecerão até o final do ano, que voltemos a nos reunir para fazer um balanço do que for deliberado e que façamos um amplo debate sobre rádios comunitárias, e espero contar com o apoio dos vereadores, para que este encontro, talvez aconteça na Câmara, antes do final do ano. Vamos trabalhar a idéia.

Agora sai
Vai sair o Campeonato Municipal de Futsal! Fico feliz em dizer que vamos enfim ter um grande torneio que reunirá as maiores forças do futsal local.
Saindo da reunião de terça-feira, à noite no Ginásio Municipal, o Daniel Jaeger, já no carro, lascou: “Escobar, tu não estás com a sensação de que participamos de um daqueles momentos que vão fazer parte da história do município?”.
É verdade. Assim como o Carnaval no Autódromo, tem coisas que ficam como verdadeiros marcos na história de Viamão. Independente do êxito que alcançarmos, identificar as principais forças do futsal, sentadas na mesma mesa, pode ser o embrião para termos num futuro bem próximo, talvez, um time viamonense nas ligas estaduais.
O mais engraçado, é que de certa forma, o Daniel e o DV foram uma espécie de embaixador e embaixada do esporte aqui na cidade, pois todo mundo corria para lá, quando queria se fazer ouvir. O perigo é aparecer algum Zelaya e pedir asilo na sede do DV.
Coluna publicada em 17 de outubro de 2009.

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