Escravos dos horários
Digo e repito, sempre: o usuário do transporte coletivo em nossa cidade é escravo das tabelas e dos horários das empresas de ônibus. O cidadão, aqui em Viamão, fica na parada muitas vezes por mais de uma hora pra pegar um coletivo. Em alguns pontos da cidade, como na Av. Liberdade, na Santa Isabel, passam cinco ou seis linhas de ônibus, uma atrás da outra, e depois chega-se a esperar quase uma hora por uma nova onda de itinerários e destinos. Alguma coisa está errada, e ninguém, nem empresas, nem poderes públicos (estadual ou municipal) sabem o que está acontecendo.
Moralização
Os mais velhos devem se lembrar da intervenção que o primeiro mandato do PT, à frente da prefeitura de Porto Alegre fez nas maiores empresas de ônibus, lá na década de 1980. Porto Alegre tinha um serviço de transporte coletivo que já era modelar, mas deixava muito ainda a desejar, pela ingerência e a falta de profissionalismo dos proprietários das empresas de ônibus. Não restou alternativa que não fosse a intervenção, que transformou as relações entre as empresas e o poder público na época. Hoje por exemplo, se existe uma associação de transportadores, é fruto desta intervenção. As empresas se modernizaram na marra e as estruturas que eram familiares tiveram que se acostumar com os novos tempos, tornando-se mais profissionais. Se hoje o serviço em Porto Alegre não é o melhor do mundo pelo menos está funcionando satisfatoriamente.
Promessas
Eu e o Lilja resolvemos colecionar o material dos nossos candidatos. É mais por diversão do que qualquer outra coisa. Digo diversão, porque tem material circulando que é uma verdadeira piada. Mas como não podemos citar ninguém, depois da eleição poderemos até fazer um grande mosaico sobre o pleito de 2008. Se você quiser colaborar, deixe o material do seu candidato aqui no Diário, que será bem vindo.
A propósito
Falando em material de campanha, esta semana uma frase se juntou às máximas de cada maratona eleitoral, como “muro não vota”, “eleitor não dá recibo” e por aí vai. Esta semana um candidato lascou esta: “o povo gosta é de ver figurinha, ninguém lê santinho”. Me atrevo a corrigir o candidato. O povo gosta de ler material bom. Material ruim nem pra ver “figurinha” o eleitor pega!
Coluna publicada em 26 de julho de 2008.
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