sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Pânico

Você caro leitor que anda por nossa cidade já deve ter notado. Nossos candidatos estão com os nervos à flor da pele. Faltando apenas um dia, então, das eleições, é um nervosismo só. E não era pra ser diferente, afinal são meses de planejamento político e estratégico, milhares de reais gastos em material de campanha e logística, mas apenas um candidato em seis será prefeito e quatorze em duzentos e vinte e quatro serão eleitos vereadores. Haja maracujá pra segurar esse povo.
Efeito Inverso
Mas pare e pense. Não seríamos nós, eleitores, que deveríamos estar nervosos e preocupados? Afinal, somos nós que votamos e escolhemos os vencedores. O candidato deveria estar tranqüilo, pois deve ter mostrado o seu melhor lado, apresentou (e teve tempo pra isso) as suas propostas e projetos políticos. Então pra que se preocupar? Agora não é mais com ele. Seu destino e dos próximos quatro anos é pura competência de quem vota, não tem jeito.
Pra descontrair
Claro que isso tudo é só pra descontrair. Os leitores (e eleitores), muitas vezes têm que se contentar com a cobertura séria e imparcial de nossos veículos de comunicação. Mas se perdem ou ficam pra consumo interno, muitas boas estórias do que acontecem neste período de campanha. Os bate-bocas das madrugadas, a gambazada que atrapalha o discurso do candidato. O candidato que esquece o nome do anfitrião. Tudo isso fica fora da crônica política para não queimar o filme de ninguém, e não poderia ser diferente.
Que venha logo o Domingo
Conversei com alguns políticos esta semana, e todos só falam em domingo!
Tem candidato que lascou: “Escobar... eu queria ir dormir e quando acordasse já fosse domingo de manhã”. Outros dizem que chegam a sonhar com os eleitores.
O mais engraçado foi um candidato que sonhou que chegava no eleitor e quando este pedia um santinho ele não tinha pra entregar. E isso é um pesadelo pra qualquer político!
Outro já veio com um formulismo pra acabar com o assédio de última hora, instrumento que acaba com o trabalho de qualquer candidato: “tem que deixar fazer campanha e depois de uns meses, pá! Sem aviso antecipado nem choro: Amanhã tem eleição! Acaba com a boca de urna!”, garante este candidato. Coisa de louco, não?
Boa sorte a todos
Brincadeiras a parte, quero desejar a todos os candidatos boa sorte neste domingo e aos eleitores, muita calma e paciência. Pode parecer para alguns que eleição é um dia de tortura, mas é na verdade a maior prova de que o Brasil trilha um caminho democrático. Nosso modelo de escolha de representantes é modelo para todo o mundo. Talvez um dia inventem um modelo de governo em que nós não precisemos ir às urnas para escolher os nossos líderes e... Peraí, já inventaram isso. Chama-se ditadura. Então esquece.
Às urnas moçada!
Notícias na segunda de manhã
Nas eleições passadas montamos uma singela estrutura na extinta Viamão FM para acompanhar o pleito municipal. Coisa pequena: cada um com seu carro e seu celular, percorrendo as secções atrás de notícias relevantes. Como não sou de ficar em casa, e soldado no quartel em dia de folga quer serviço, vou dar um apoio moral pra gurizada aqui do Diário de Viamão, que vai montar um plantão neste domingo e apresentar os resultados e a maior cobertura destas eleições municipais já na segunda-feira de manhã, bem cedinho.
Coluna publicada em 04 de outubro de 2008.

Um comentário:

Viamão Hoje disse...

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