Voa canarinho

Os amigos não entendem, mas não posso fazer nada. Tento, mas não consigo me animar com a seleção brasileira... Tá bom! Não torço mesmo. Pra não dizer que nunca torci pelo scratch canarinho, torci na Copa de 78 (mas eu tinha nove anos) e até fui solidário na campanha de 2002, quando o Felipão comandou o grupo rumo ao penta. Mas aí eu acho que era mais pelo sentimento de gratidão pelo que o Scolari fez pelo nosso Grêmio.
Vez por outra tenho que me segurar para não vibrar nas vitórias dos adversários. Como em 98 quando perdemos a final para a França. Misturei a minha felicidade no meio de um bando de fanáticos que queriam a cabeça do Zagallo e ninguém notou que no fundo eu estava comemorando. Pois é...
No mais, nunca torci. Não amo nem odeio, sou indiferente. Acho que esta indiferença foi adquirida em 1982, durante a Copa da Espanha quando, dizem os entendidos, o Brasil apresentou a melhor seleção de todos os tempos, e sou obrigado a concordar. Não assisti à fatídica partida para a Itália. Um Rodovilas (pra quem não lembra era a empresa de ônibus que operava na Santa Isabel) derrubou um poste na esquina de nossa casa e de raiva fui dormir. Naquela tarde quando acordei, energia elétrica restabelecida, o Brasil todo chorava aquela derrota. Como não assisti àquela derrota, para mim pareceu natural perder o interesse e o fanatismo pela nossa seleção.
Mas tenho dois motivos para tentar reverter este sentimento. Um deles é que o Dudu torce pela seleção e não gosta quando eu incentivo os centroavantes adversários. E também porque quero torcer pelo Brasil em 2014. Torcer em casa, pelo menos.
Isso! Fica aqui uma promessa: vou torcer pelo Brasil! Mas só se o Galvão Bueno se aposentar.
Então cancela!
Cronista esportivo de jornal de circulação estadual, que mora em Viamão (mas vota em Porto Alegre, viu Zilmar!), afirmou que quando começarem as obras para a Copa de 2014 vai começar a roubalheira. Será?
Então não seria mais coerente a gente não promover o maior torneio de futebol do mundo?
Choro capelista
Os mesmos políticos que comemoram a possibilidade da extensão do metrô até Viamão são os mesmos que vivem se queixando do progresso e desenvolvimento da região da Santa Isabel. Só para lembrar: se houver uma extensão do metrô para o nosso lado, ele não vai passar da Viamópolis. Passando a divisa com Porto Alegre já começa a se dirigir para a cidade de Alvorada. Que peninha, capelistas, que peninha...
Pra não dizer que não falei de flores
Alguns funcionários e CC’s da prefeitura ficaram um pouco contrariados com a ordem do prefeito que proibiu a decoração das novas instalações de uma das secretarias reformadas. Segundo eles, Alex não quer as mesas decoradas com vasos de flores ou qualquer outro tipo de “mimo” dos servidores. Pô prefeito, humanizar os espaços não é tão ruim assim.
Dança das cadeiras
Prefeito! Aproveita e passa no Desenvolvimento e pede para tirarem aquelas cadeiras que estão atrapalhando o “bom andamento dos trabalhos”, na recepção. Ninguém merece tomar canelada toda vez que visita a secretaria. Ou é pista de provas da dança das cadeiras?
Resposta da Cultura
Se a resposta sobre o acervo do Museu viesse de qualquer outra pessoa da Secretaria da Cultura, eu ficaria preocupado. Mas como foi o José Carlos quem respondeu às preocupações, não só minhas, mas da comunidade, fico satisfeito. Obrigado Zeca, continue o teu admirável trabalho. E não esqueça que ainda temos que lutar pelo Museu Casa da Farinha.
Abraço
Quero mandar um abraço ao amigo Evaldo Martins, um dos melhores comunicadores de Viamão. Depois de chegar às rádios comerciais da região, ele volta, na segunda-feira, a comandar as manhãs da Alternativa FM (87,9). O Evaldo pela sua capacidade não precisa, mas quero lhe desejar boa sorte e muito sucesso!

Coluna publicada em 13 de junho de 2009.