sexta-feira, 8 de maio de 2009

Jungle Fever

Muitos idosos se negam a vacinar contra a gripe, apesar das campanhas. Alegam que mesmo vacinados acabam pegando duas ou três “gripes” no inverno. Na verdade confundem gripe com resfriado e esquecem que a gripe é só a porta de entrada de infecções mais graves. Mesmo que a campanha esteja se encerrando ainda é possível se vacinar nos postos de saúde, é só se informar direitinho sobre os locais de vacinação.
De graça até injeção
Mas muitos destes velhinhos, que não querem agulhadas contra a gripe, foram para a fila atrás de proteção contra uma moléstia que é muito mais difícil de nos alcançar, apesar de toda a preocupação (que é correta), a febre amarela. E dê-lhe fila nos postos de saúde.
Exageros
Eu particularmente não pretendo, até segunda ordem, me vacinar. Mesmo que a vacinação tenha um caráter preventivo não me considero na zona de risco imediato. Ou seja, não sou pescador e não tenho o hábito ou necessidade de viajar para regiões suscetíveis à transmissão da doença. Não moro próximo a rios e lagos e a mata fechada mais perto da minha casa fica a uns quinhentos metros. Não desencorajo ninguém a fazer a vacina, mas acho que todos deveriam fazer um balanço dos riscos que correm antes de permanecerem horas na fila.
Para descontrair
Como brincou um amigo meu:
- Bebo, fumo, ando de moto como um louco no trânsito, transo sem camisinha, vivo numa vila com altos índices de violência, mas vou me vacinar contra a febre amarela. Não vou dar mole logo para um mosquito.
A tigela do gato
Fernanda Duarte manda um email bastante interessante. Segundo ela, se considerássemos a produção diária de leite do estado igual a um litro de leite (1000 ml), a produção leiteira de Viamão equivaleria a 3,5 ml. A situação não melhora muito quando comparada a nossa produção com a da Região Metropolitana, apesar de sermos o seu maior produtor: 79 ml. Diz a Fernanda que isso não dá nem para alimentar o gato da família.
E o arroz?
Como os números são muito traiçoeiros, a Fernanda avisa que comparou as informações que a Emater divulgou em matéria aqui no DV, com dados de 2007 divulgados no sítio da Embrapa - Gado de Leite.
Alguém se habilita a fazer a mesma relação com a nossa produção arrozeira?
Rápidos no gatilho...
Vereadores rapidinhos no gatilho emendaram a PL 33/2009, elevando de três para cinco por cento a reserva de unidades para idosos, obesos e deficientes, nos novos empreendimentos de caráter social, incentivados pelo programa “Minha Casa, Minha Vida” (esse nome vai dar dor de cabeça daqui a uns quinze anos, podem acreditar). Um dos vereadores até defendia que a cota fosse de dez por cento, mas não passou. Ficou em cinco por cento mesmo.
Ruins de mira
Apesar de meritória a iniciativa, eles esqueceram (e os autores do projeto também) é que deveria ser reservada pelo menos uma unidade em cada empreendimento, pois a cota só começa a valer quando atingirmos 20 unidades (20 x 5% = 1, é matemática). Assim, se forem promovidas apenas 19 unidades, a lei já não tem propósito. O problema é que todos só pensam, neste momento, nas grandes construções. Mas nada impede que um pequeno construtor (e este sim faz a economia local girar) acesse recursos da Caixa para fazer uma incorporação mais singela, sem o porte que os nobres edis estão vislumbrando.
Foi assim também no Plano Diretor
Na época da discussão do Plano Diretor, ainda incompleto, diga-se de passagem, todos os esforços foram concentrados no grande parcelamento do solo (que carece ainda de regulamentação). Todos os envolvidos: empresários do ramo imobiliário, planejadores da prefeitura, associação de loucos e o escambau, só pensavam em dividir, cortar, separar.
Depois acham inexplicável a quantidade de vilas que temos.
Coluna publicada em 09 de maio de 2009.

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