terça-feira, 8 de setembro de 2009

Augustas

Agosto foi um mês daqueles.
Muito frio, muita água, muita gripe, muito pânico. E férias desta coluna. Confesso que foi bom. Este distanciamento me deixou um pouco mais tranquilo para voltar e escrever. Devo confessar que em vista dos acontecimentos municipais, senti uma vontade danada de interromper a licença autoconcedida mas, que diabos: tinha determinado para mim que não boicotaria uma decisão e resisti.
O id e o ego até que tentaram um motim e se aliaram a um alterego para que eu largasse a vagabundagem e retomasse o teclado, mas não aceitei. Alegaram que o momento histórico que a cidade, o estado, o país, o mundo e o escambau estavam passando não poderia ficar sem o nosso olhar. Que as futuras gerações, quando fossem arqueologicamente analisar este fragmento espaço-temporal, encontrariam um vácuo. Um mês sem a análise deste colunista. Balancei com os autoelogios mas, não!
Que aguardassem setembro.

Sou candidato
Tomei uma decisão em caráter quase irrevogável. Torno público aqui neste espaço que serei candidato a vereador nas próximas eleições municipais. De antemão aviso que não é uma escolha pessoal e que atenda simplesmente satisfazer a minha vaidade pessoal.
Tomo esta decisão baseado nas inúmeras conversas com amigos e leitores desta coluna que me incentivam a colocar o meu nome à disposição de algum partido e pleitear uma cadeira no Legislativo local. Alguns dizem que tenho a inteligência necessária para o posto, se bem que duvido que inteligência seja requisito para a vaga.
A questão é que a convicção com que alguns me assediam, até me fazem pensar, onanisticamente em concorrer, a pelo menos participar, pois como já disse Coubertin: “o importante é competir”.
Pelo amor de Deus! Alguém me convença a desistir da idéia antes que seja tarde!

Palhaçada cívica
Com todo o respeito que o assunto merece, e até por isso, não posso deixar de registrar a minha indignação com o que eu vi esta semana, em pleno centro de Viamão. No finalzinho da tarde de quinta-feira, o Fogo Simbólico que fora acesso na terça, dois dias após o que recomendava a Liga de Defesa Nacional (entidade que promove o Civismo e o amor pela Pátria e foi fundada em 1916 por Olavo Bilac), ardia solitário sem ninguém para guardá-lo como é de praxe e protocolar.
Vale lembrar que a Pira da Pátria aqui em nosso município não é fixa, e que o Fogo pode ser escoltado e guardado em local fechado e vigiado durante a noite, mas jamais extinto.
Mas o pior foi que, por volta das 21 horas, o Fogo estava extinto! Ninguém zelava por um dos símbolos comemorativos da Semana da Pátria. Então vira palhaçada todo o cerimonial de acendimento da chama: autoridades locais, grupos de escoteiros, bandas marciais. Tudo perde o sentido se não damos valor ao que representa esta iniciativa.
Aqui não há espaço, mas publico em meu blog (identidadeviamonense.blogspot.com) as imagens que registrei e que considero um desrespeito.
Coluna publicada em 05 de setembro de 2009.

Nenhum comentário: