segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Críticas

Volta e meia, algum leitor cobra o nosso posicionamento nesta coluna. Uns reclamam que não tocamos em assuntos mais urgentes, outros que não devíamos pegar no pé de algumas personalidades locais e porque não abrimos espaço para que elas se defendam. Particularmente, poucos reclamaram, até hoje. Tem quem reclame contra crônicas enormes, sem os subtítulos que, segundo estes que reclamam, ajudam a digerir o conteúdo. Mas tem também quem nos cobre o excesso destes textinhos retrancados: querem o texto fluído. Vai se agradar a todos!
Viamonismo
Outra grande queixa dos leitores é que, segundo eles, abandonei a causa viamonista, neologismo que criamos nesta coluna, bem no princípio. Dizem que não estamos levando adiante este movimento que prioriza o pensamento e as coisas aqui de Viamão.
Mas isso é o que mais fazemos nesta coluna! Viamonismo acima de tudo é um conceito muito amplo que passa até pela percepção do que acontece ao redor do mundo, mas com a visão de dentro para fora.
Cem por cento viamonense
Esta semana, passei pelo DV e fui conferir como o pessoal estava se virando nas férias do Dickow (se alguém puder avisar o Carlos: socorro!) e brincando com a gurizada da redação afirmei que o meu sonho é ver o Diário com cem por cento de material viamonense. O William Dias de pronto retrucou que era impossível, pois um jornal não se faz só com noticias locais, é preciso trazer para os leitores as notícias de outros locais, a famosa trinca estado – país – mundo.
Elementar, meu caro William, elementar!
Isso é notável, não é preciso lembrar que esta é uma das principais regras do jornalismo. Mas eu me refiro ao olhar viamonense sobre as coisas. Que os assuntos, quando contextualizados com a nossa realidade pudessem ser analisados sob o ponto de vista de algum viamonense. Quando a crise nas bolsas arrebentasse as economias mundiais, uma voz viamonense, um especialista em economia aqui de nossa cidade (tem que existir um especialista aqui, não sabotem ainda a minha idéia!) fizesse uma análise da situação e até nos apresentasse os efeitos destas crises na economia local.
Quer outro exemplo? Apesar da grande área rural que orgulha nosso município, não temos em Viamão uma única revenda de implementos agrícolas. Então não vamos passar pelo turbilhão das demissões das fábricas de tratores? Talvez não, mas o reflexo na cadeia agrícola deveria ter a nossa interpretação local, pelo menos.
Sem manifestos ou cartilhas
No fundo o viamonismo é um movimento sem manifestos ou cartilhas. É só uma maneira de ver nossa passagem pela história da humanidade, quem sabe. Nosso único mandamento, por assim dizer, é a valorização das coisas daqui. Não temos trajes típicos, literatura, ou ícones. O viamonismo não é uma religião ou seita, nem sequer existe um grupo reunido em algum lugar. Também não incentivamos a criação de slogans ou hinos. Para ser um entusiasta do viamonismo, só precisa de amor por este chão. E não precisa gostar de todo. Se gostar só da sua rua, ou do seu quarteirão, já basta. Você já pode se considerar um viamonista!
Carnaval na Gaúcha
Mais uma oportunidade para difundirmos o viamonismo e suas variantes. O pessoal da Assencarv vai estar na Rádio Gaúcha, no próximo sábado, dia 7 de fevereiro, a partir das 23 horas para apresentar a sua proposta para o Carnaval de 2009, com o desfile no autódromo e o Baile Municipal do Vila Ventura. Se tudo correr “nos conformes” pretendo estar lá, não para usar o microfone, mas para dar uma força pro pessoal e tentar ampliar ainda mais o debate. Fique ligado na Gaúcha, sábado que vem, então!
Coluna publicada em 31 de janeiro de 2009.

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