Agora é a vez das escolas. Você tem acompanhado aqui mesmo no DV. A nova onda são os bondes, ajuntamento de irresponsáveis que atazana o dia a dia escolar, e por aí vai. Quem será que inventou este termo? Ou melhor, quem emprestou deste saudoso veículo de transporte coletivo a definição que assusta pais e professores?
É gangue!
O termo mais correto é gangue. Ou quadrilha, bando, marginália, sei lá. A terminologia esconde e separa mais uma casta social. Talvez para que alguns espertinhos se escondam dentro destes clãs infanto-juvenis. Porque têm muitos pais que acham que não tem nada de mais nestes grupos. “São turmas que se reúnem para expressar seus pontos de vista”, dirão os mais ingênuos. Mas sempre que alguém utiliza um grupo para se esconder e no meio do anonimato provocar estragos de toda a ordem na sociedade, isso é desvio social. Não tem desculpa! E nossos meios de comunicação há quem tente glamourizar o incidente. É o bonde tal, a turma qual... Não! É a marginália! Batedor de carteira é ladrão, pixador é vândalo e usuário de drogas é viciado, não existe meio termo. Se a notícia é ruim, é nociva para o meio, não dá para mascarar com sinônimos.
Internet ajuda
Meu filho mais velho usa a internet diariamente. MSN, Orkut, download de músicas, vídeos, por aí vai. O mais novo também, mas ainda conseguimos controlar o uso destas ferramentas. O engraçado é que tudo está na internet. Até apoio aos trabalhos escolares. Só que isto eles não sabem, como a maioria dos jovens, encontrar.
Dia desses fiquei pensando: como é que a gente fazia nossos trabalhos? E lembrei, com livros! Pesquisa escolar já foi feita com livros, não é uma maravilha? Aí me dizem que hoje não é mais possível, pois nossos filhos têm que ficar o mínimo de tempo possível nas escolas, agora alvo dos “boooondes” (gangues!). Voltar à escola fora do horário de aula, então, nem pensar.
Entregamos a cidade para a marginália
Na verdade estamos é entregando os últimos redutos possíveis de serem utilizados por pessoas de bem para os marginais e para aqueles que querem se aproveitar do medo coletivo. Deveríamos fazer justamente o contrário do que temos feito nos corre dos anos. Deveríamos ocupar a nossa cidade e espantar as manifestações nocivas. Temos que retomar o espaço de nossas escolas, e a importância deste equipamento para nossas famílias.
Outro local que hoje assusta as pessoas de bem é a Avenida Liberdade, aqui na Santa Isabel. No domingo a partir das 18 horas, se transforma em terra de ninguém, sem respeito à civilidade. Som alto, bebedeiras, consumo de entorpecentes, menores fazendo todo o tipo de bobagens, gritos e brigas. Mas ninguém se importa.
Volta e meia a Brigada dá uma dura, mas depois a baderna volta a imperar. Tem quem diga que tudo isso ocorre sem repressão porque a algazarra amaina uma quadra antes da casa do prefeito Alex, que mora bem no coração da Santa Isabel.
Será que se a baderna fosse em frente da casa dele ele deixaria acontecer todos os finais de semana? Duvido.
E nem me fale em Ministério Público, porque aí é piada!
Ano do Dragão
Um centro místico ali do Caminho do Meio, envia email com mapa astral informando que as conjunções estelares e zodiacais registram o final de uma Era que amarrava algumas decisões em nossa cidade. Parece que acabou na semana passada a Era do Dragão, e isso vai minimizar alguns problemas e que se espera uma nova era de prosperidade, principalmente para a região do Caminho do Meio e do Castelinho. Mas existe outra força que rege os viamonenses que só vai acabar daqui a quatro anos. Até lá vamos vivendo sobre a influência da Era do Burro, como apregoa a sabedoria oriental.
Coluna publicada em 04 de abril de 2009.
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