quarta-feira, 7 de abril de 2010

Senil Capital

Não sei que acha o leitor, mas eu particularmente já estou farto desta gente que fica toda a hora lembrando que Viamão já foi capital do Estado. Essa história de Velha Capital está passando dos limites. Não que a gente não tenha que lembrar nossa história, mas se você parar para pensar, parece que na história da humanidade Viamão só teve dois momentos de brilho que merecem ser destacados: os dez anos em que foi o centro de referência da província e o período em que abrigou os revoltosos da Guerra Farrapa, quando mudou de nome e virou a Vila Setembrina. Depois parece que mais nada aconteceu. Nada mais fizemos que merecesse destaque na história?
Eu fico preocupado que nada mais tenha sido registrado. E até sobre a condição de capital da província, que decisões foram tomadas aqui que transformaram a vida dos gaúchos naqueles tempos? Parece que a mais importante decisão tomada pelos governantes foi transferir o poder para o Porto dos Casais. E o pior é que manteve a freguesia de Nossa Senhora da Conceição atrelada ao mando da nova capital, pois quase cem anos depois é que conquistamos a autonomia municipal.
E o resto? Tem que existir algo mais. Onde estão nossos historiadores e pesquisadores. Na Historia nada é definitivo, mas acho que esta regra não se aplica à nossa cidade. Temos que estabelecer de uma vez por todas o contraditório e incentivar a pesquisa seja de campo ou nos poucos e desconhecidos livros que escreveram sobre Viamão. Temos que deixar que as mais variadas teorias e versões sejam debatidas, desfiadas, até mesmo polemizadas. Este exercício é crucial para o nosso futuro. Não podemos legar às futuras gerações o vazio de nossa trajetória. Seria um presente maldito, com certeza.
Porto Alegre é que tem...
Quinta-feira, véspera de feriadão, seis e meia da tarde, saio do centro de Porto Alegre em direção à zona norte para depois retornar para Viamão. Fiquei 20 minutos parado na Avenida Independência e levei uma hora e meia para chegar em casa, via Protásio Alves. Se tem uma coisa de quê não sinto saudades é do trânsito da Capital. E não tem metrô que possa resolver a situação no futuro, infelizmente.
Graças ao bom Deus, a Equipe Técnica de Planejamento do Município de Viamão, assim definida pelo artigo 100º da Lei Municipal 3530/2006 (Plano Diretor), considerando a atribuição determinada pelo CONCIVI (Conselho da Cidade de Viamão), no artigo 2º da Resolução CONCIVI nº 03 está trabalhando para que nós viamonenses não tenhamos que, no futuro, sofrer com os congestionamentos em nossa cidade.
Piadinha para a Semana Santa
A alta direção da Parmalat mundial solicitou um encontro reservado com o Papa no Vaticano. Após receber a bênção, o presidente do conglomerado falou:
- Vossa Santidade, nós temos uma oferta. A Parmalat está disposta a doar 50 milhões de dólares à Igreja se Vossa Santidade mudar a frase da oração Pai Nosso, de '”o pão nosso de cada dia nos dai hoje” para “o leite nosso de cada dia nos dai hoje...”
O Papa indignado:
- Isto é impossível! A oração é a palavra do Senhor e não pode ser mudada.
- Bem, nós já prevíamos sua relutância e, por isso, nós aumentamos a oferta para 100 milhões de dólares.
- Tudo o que pedimos é que se mude a frase de pão para leite.
Novamente o Papa:
- Isto, meu filho, é impossível. A prece é a palavra de Deus e não pode ser mudada.
Finalmente, o executivo da Parmalat ataca:
- Vossa Santidade, nós da Parmalat respeitamos vossa fé, mas nós temos uma oferta final: doaremos 500 milhões de dólares para a Igreja Católica, simplesmente se a frase “o pão nosso de cada dia” for mudada para “o leite nosso de cada dia”. Por favor, pense nisso.
No dia seguinte, o Papa convoca o Colégio dos Cardeais:
- Tenho duas notícias para dar: uma boa e outra ruim...
Com um largo sorriso, o Papa começa:
- A boa notícia é que a Igreja vai receber uma doação de 500 milhões de dólares.
- E a notícia ruim, Santidade? - pergunta um dos cardeais.
E o Papa:
- Vamos rescindir o contrato com a Seven Boys!
Feliz Páscoa!
Coluna publicada em 03 de abril de 2010.

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