quarta-feira, 7 de abril de 2010

A diva

Emocionante o programa que marcou o retorno de Hebe Camargo, segunda-feira passada, depois do período de tratamento contra tumores descobertos no início do ano. A loira octogenária é patrimônio de nossa televisão, visto que é uma das poucas que reina, absoluta desde que o tubo de vidro bombardeado por raios catódicos foi implantado no Brasil, na década de 50, pelas mãos de Assis Chateubriand.
Não assisti até o final, mas a parte que vi foi suficiente para lamentar quão pobre anda a nossa tevê, não pelo que a Hebe apresentou, mas pelo que outros programas apresentam. Não sei, mas acho essa interatividade perseguida por muitos veículos de comunicação, com a internet, um tanto nociva para estas mídias. Eu ainda acho que tevê é tevê, rádio é rádio e jornal é jornal! Estes veículos utilizarem a web para ampliar o seu raio de ação até é valido, mas buscar conteúdo na rede internacional já está se tornando chato.
Tem gente que vai justificar que a originalidade hoje em dia está na produção caseira, que muita gente está aproveitando a ‘nuvem’ para se expressar, para mostrar ao mundo o seu valor, sua cultura. Não discordo. Só acho que junto com os exemplos positivos, tem muita porcaria também. E esta porcaria é que está poluindo a nossa tevê, porque na ânsia de parecerem moderninhas e democráticas nossas redes estão esquecendo que entretenimento é coisa séria.
Será o fim?
Às vezes fico imaginando o que será de nossa tevê quando não tivermos mais estes eternos ícones, criados quando a tevê ainda era em preto e branco, como Hebe Camargo e Silvio Santos
Avatar, a decepção
Muita gente acha que foi sacanagem o longa ( e põe longa nisso) Avatar não ter levado a maioria dos prêmios que fora indicado, no Oscar deste ano. Mais do que uma aventura futurística em um mundo distante, o filme de James Cameron abusou dos clichês e eu, na segunda vez que assisti ao filme, menos encantado com as maravilhas que a computação gráfica pode nos proporcionar, lembrei de pelo menos uma dúzia de filmes com o mesmo surrado enredo.
Se aquilo não é azul...
A direção do Internacional nega, mas antes de me considerar daltônico fiz uma pequena enquete entre alguns amigos e poucos afirmaram que o calção de treino do Colorado, que aparece em imagens no site do clube, não era azul. Aqui no DV todos concordaram que o uniforme tinha um tom azul marinho, bem escuro. Nada que lembrasse as cores do Grêmio. O Dickow até achou bacana, elogiou bastante.
Por isso uma dica aos colorados: sem neurose, gente! Sem neurose!
Maresia...
Está no site do jornalista Políbio Braga: lixo encontrado pela nova administração do DCE da UFRGS não é apenas ideológico, porque também foram identificados focos nutridos de lixo contábil e lixo seco de variadas naturezas.
No decorrer das obras atuais de recuperação da sede principal, o advogado do DCE da UFRGS, Regis Coimbra, foi chamado pelo pessoal da faxina, porque os operários encarregados de consertos no forro da sala da diretoria encontraram muita maconha. A droga foi retirada e entregue à Brigada Militar. As investigações começarão por oitivas da diretoria anterior, toda ela ligada ao PSOL. O líder anterior, Rodolfo Mohr, é CC da vereadora Fernanda Melchiona, do PSOL. Ele foi derrotado nas eleições do mês passado.
Piada ou verdade?
Em um concerto da banda U2 em Lisboa, Bono Vox pediu silêncio ao público e começou a bater palmas, e breves intervalos. Em seguida, olhando para o público que estava em silêncio, disse emocionado:
- Eu quero que vocês pensem bem nisso: a cada batida de minhas mãos, uma criança morre na África!
Então surgiu nas arquibancadas, num grito alto, uma voz lusitana:
- Então pára de batêire, ó filho d’uma égua!

Coluna publicada em 13 de março de 2010.

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