domingo, 11 de maio de 2008

Natalícias

De uma maneira geral nossas festas de final de ano foram transformadas sobremaneira em um acontecimento comercial, ao longo dos anos. Talvez isso explique porque ouvimos tantas pessoas dizendo ultimamente que não gostam de Natal, que ficam deprimidas, que não vêem graça nas comemorações. Que preferem ficar quietas no seu mundo, e por aí vai. Muito da culpa disto talvez esteja no essencial que deixamos pra traz, o espírito natalino, o nascimento do Jesus Menino. E também porquê, o Natal é o grande acontecimento familiar infantil. Quando crescemos, nosso olerite e o SPC lembram que o ano foi criado para separar os dias vinte e cinco de dezembro.
Açorianas
Outras figuras importantes na tradição natalina já foram aposentadas por nós. Os Reis Magos eram os responsáveis pelos presentes e estavam ligados fortemente a tradição luso-açoriana. O seis de janeiro, dia em que os presentes eram trocados, ficou no passado. Na minha adolescência, fomos uma noite acordados por um Terno de Reis, oferecido por amigos. Na época acordei, assisti, e voltamos a dormir. Não tinha ainda, absorvido o real significado daquela celebração, mas hoje, passado um quarto de século, vejo que mais um aspecto de nossa cultura viamonense foi extinta. Perdeu a cultura e perderam nossos filhos. Talvez pra sempre.
Cabeção
O Jaeger aqui do DV, editor do esporte, é conhecido pelo apelido de Cabeção, não me perguntem o porquê. Mas apesar disso até que é um cara inteligente. Quando fazíamos o Conversa de Bar, na Viamão FM, sua presença elevou muito o nível dos debates. Algumas questões que temos levantado, como o apoio ao esporte amador aqui no município, ficam prejudicadas pelo espaço exíguo de nossas colunas. Também gostaria que a prefeitura destinasse 140 mil para o futebol amador, mas gostaria que a “Liga” tivesse um produto interessante pra oferecer. Jaeger, tu já foste a Gravataí e viu como a cidade inteira encara o campeonato amador de lá.
E acho que também precisamos arejar a nossa liga municipal, que parece capitania hereditária. Eu lutaria por 140 mil, ou até mais, se trouxéssemos o Julinho, do Ginásio da Florença, pra administrar uma liga séria aqui em Viamão. Ou o Toninho Melo, do Barcelona, que conhece tudo e todos no futebol amador viamonense. Com esses dois à frente da organização, tenho certeza que daríamos um salto de qualidade. Mas tem que limpar a casa, primeiro. E começar um trabalho sério.
É, Daniel, temos que encontrar outro campo para tornarmos nossas idéias públicas. Viu que falta que faz uma rádio forte ou uma emissora de tevê em Viamão? Tevê não, que somos muito feios!
Vice-prefeito
Entendi a profecia do querido Norberto Ribeiro, já no primeiro dia, sobre a vaga de vice-prefeito na chapa do atual prefeito à reeleição. Nos primeiros dias de Alex Boscaíni à frente da administração municipal, eu disse que teríamos um prefeito muito personalista e com um grande projeto político que envolve até a disputa, no futuro, ao cargo de governador do estado. O que o Norberto quis dizer com o “inho”, que o vice terá “inho” no nome, é que para o prefeito quem quer que seja o vice, será só o vice-prefeitinho.
Tevê viamonense
E por falar em televisão, outro dia conto uma história interessante sobre a tevê viamonense. Isso mesmo meus amigos, temos uma emissora de tevê em nossa cidade! Aguardem.
Feliz Natal a todos.
Coluna publicada em 22 de dezembro de 2007.

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