domingo, 11 de maio de 2008

Poucas e boas

O leitor Ataíde Duarte se manifestou a respeito da coluna de semana passada lembrando que, além da produção de mandioca, Itapuã também se destacava na pesca e tinha um produto muito apreciado que era o bagre salgado (ou defumado). O Ataíde também critica a falta de opções turísticas de Itapuã, que promete muito na questão natural e deixa o turista sem ter o que fazer. Ele reclama ainda que com todo valor histórico da região não exista um museu ou coisa parecida que possa agrupar informações e atrações aos visitantes.
Casa da Farinha
Lembro que em 2006 o Vereador Dédo sugeriu uma emenda ao orçamento municipal com o objetivo de reservar recursos para a criação da Casa da Farinha, tentando preservar esta cultura agrícola e econômica da região, e que pudesse também funcionar como uma espécie de museu. Mas conforme a municipalidade, emendas ao orçamento são inconstitucionais quando criadas por legisladores daqui. Mas quando elas são propostas pelos legisladores de Brasília ou da Assembléia Legislativa aí são festejadas. Vai entender.
Amputação
Mas o Ataíde Duarte não desanima e lembra que a região está engajada no processo de emancipação administrativa e pode ser um dos primeiros novos municípios tão logo a lei federal permita a organização legal de novos processos emancipacionistas. Respeito a vontade de alguns moradores que sonham com a autonomia, não sei qual a opinião de nossas lideranças políticas, mas será que não teremos um novo município se entregando finalmente às garras da região sul de Porto Alegre, abrindo espaço para que as expressões políticas de nossa vizinha cidade possam declarar finalmente sua influência sobre nossa Itapuã?
Essa é boa
Agora quem alfineta é o Binatti. Eu já havia me esquecido, mas o Marcelo dia destes em nosso tradicional cafezinho da Pimpolho lembrou da polêmica do tira-ou-não-tira da Praça da Santa Isabel, quando alguns defendiam a permanência de pelo menos um pedaço do prédio erguido pelo Estado, quando da instalação da Via do Trabalhador, e que acabou sendo retirado e com isso a municipalidade jogou fora uma edificação estratégica no quarto distrito.
Românticos
Pois o Marcelo lembrou que nos discursos da “turma do derruba” alguns apelaram para o lado sentimental, lembrando que tomavam chimarrão, tocavam violão e namoravam na praça e que aquele espaço “é do povo e o prédio tem que sair!”. Dois anos depois e já sem o “monstro”, nenhum daqueles defensores da “praça do povo” jamais foi visto na praça. Velhos demais para namorar? Quem sabe. Talvez mais maduros, suas bexigas não suportariam uma praça sem banheiros.
Pra completar
Festejando a volta da Brigada ao Centro quero dar minha contribuição para a força-tarefa que agora vai reunir esforços para encontrar um local definitivo para a nossa policia militar utilizar, quem sabe, quando vencer este contrato de aluguel. Porque não tentamos um convênio com a Corsan e instalamos a Primeira Companhia embaixo do reservatório do Largo Adonis. Tem espaço suficiente para construirmos um prédio de três andares, num dos pontos mais valorizados e estratégicos de Viamão. Temos que concordar que é um desperdício de espaço, e que hoje só serve para ponto de encontro de quem está debalde no centro de Viamão. Se alguém tem outra sugestão que apresente.
Coluna publicada em 29 de marlço de 2008.

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