domingo, 11 de maio de 2008

Idéias em blocos

Nos dois últimos anos tive o privilégio de poder acompanhar, ao vivo e a cores, o desfile da Vila Isabel, direto do Porto Seco. Com credencial para acompanhar a escola em sua passagem pela passarela do samba, assistí ao desfile do ângulo de quem está trabalhando pela escola, ao lado da pista, e sob aquele ângulo, podemos ver os erros e acertos sob um ponto de vista que a televisão não mostra, nem com aquela câmera que acompanha os foliões desde o solo. Podem ter certeza, as imagens geradas pelas emissoras distorcem a realidade. Só estando lá para poder perceber como funciona e no que está se transformando este espetáculo. Acho que a equipe do DV que desfilou pôde notar esse novo conceito. E isso é também positivo porque acaba derrubando alguns preconceitos que ainda restam contra o nosso carnaval.
Pela telinha
Este ano fiquei em casa. Ainda não estou cem por cento recuperado e passei a noite dos desfiles um tanto sonolento. Mas preparado para os minutos da Vila na avenida. Pela manhã saí pela Santa Isabel à cata de amigos, que como eu, sentem-se entusiasmados pelo carnaval e consequentemente pela Vila Isabel. E muitos disseram a mesma coisa: a Vila não empolgou. Alguma coisa deixou a desejar. E a escola fez um carnaval um pouco morno. Como disse depois ao meu amigo Daniel Hilário, da Comissão Carnavalesca da Unidos de Vila Isabel, o público pode não ser um termômetro confiável, mas o júri, por mais que tenha que fazer uma análise técnica, também é formado por pessoas que levam em conta o seu gosto pessoal. E aí pode estar explicada a posição alcançada pela Vila.
Ficou pra 2009
Tenho muitos amigos na nossa escola de samba. Vizinhos, contemporâneos dos tempos do ensino primário, das festas da adolescência, pessoas com quem a gente vai se relacionando com o tempo. Parabenizo a todos pelo esforço e dedicação e pelo belo carnaval que apresentaram, mas infelizmente fica pra 2009 o tão sonhado título. E como diz o querido Aryzinho: “Vamos trabalhar, trabalhar, trabalhar...”. Mas que seja logo.
Pelos salões
A propósito da série sobre o carnaval que o “Baú do Paulo Lilja” trás este mês, me dei conta de que os bailes de carnaval em nosso município estão com os dias contados. Tirando a turma da terceira idade, que vêm freqüentando com muita disposição alguns bailes vespertinos, não temos notícia das movimentações sociais de fevereiro. Sei unicamente do caso da SOGISI, que mantém seu tradicional baile infantil. Essa situação reforça uma pesquisa divulgada agora, antes do carnaval, que diz que o brasileiro em sua maioria não gosta do carnaval (menos de cinqüenta por cento da população), e muitos dos que disseram gostar, estavam se referindo ao espetáculo transmitido pela TV. Passei em frente à SOGISI, na Terça-feira Gorda e lá de dentro vinha um ruidoso “funk pancadão”. Aí sou obrigado a reforçar o coro: pede pra sair!
Apareceu a dona da foto
Esta semana o Paulo Lilja recebeu a informação que precisávamos para a foto da semana passada, do Baú. A menina da foto é Helena Carvalho, filha de Itamar Carvalho, antigo comerciante do centro de Viamão e que manteve durante anos o Armazém Carvalho. Dona Helena foi Rainha do Carnaval de 1958, do Clube dos Casados e cedeu outras fotos de seu arquivo pessoal que serão digitalizadas e em breve vão ajudar a contar um pouco da história fotográfica de nossa cidade.
Coluna publicada em 9 de fevereiro de 2008.

Um comentário:

Unknown disse...

Bom dia, Eduardo! Tudo bem?
Meu nome é Mariana, sou escritora de Juiz de Fora, MG. Preciso levantar uma informação para um livro, já que meu personagem é natural da cidade de Viamão. Preciso saber se havia bailes de carnaval cidade (ou região), por volta de 1944. Se sim, onde e como eram (superficialmente). Você tem como me ajudar? Agradeceria muito se pudesse me responder, já que o acesso a essas informações é muito restrito, por causa da distância.
Obrigada! Parabéns pelo blog! É muito importante que seja feita a divulgação da nossa cultura!
Meu e-amail é marichuc@ig.com.br.
Atenciosamente,
Mariana Schuchter.