domingo, 11 de maio de 2008

O porão viamonense

A mídia é realmente poderosa. Quando achamos que o caso Isabella ia perder o fôlego já saiu do forno a estória de horror de uma família, resultado de uma relação incestuosa entre o pai e sua filha que ficou vinte e quatro anos presa em um porão, sem poder sair, numa pequena cidade da Áustria (nação que também produziu -não se esqueçam - o maior de todos os tiranos, Adolfo Hitler). E aí tudo é material para os programas sensacionalistas. Desde a alva tez dos pobres indivíduos submetidos a este mundo sem sol, até o comportamento possessivo e insano do pai pela filha-esposa. Prepare-se para novos capítulos, tão logo as aventuras da família Nardoni, que esta semana teve novas emoções, volte a esfriar.
Mais comum do que parece
Conversávamos esta semana, em um almoço, e o Hélio Ortiz lembrou que estas relações incestuosas são mais comuns (ou eram) do que se pode imaginar. Mesmo que seja doentia e perversa esta idéia, que pode nos atormentar e encher de culpa, o Hélio lembrou bem que isso pode não ser apenas crueldade, mas muitas vezes fruto da ignorância e da miserável condição humana. Não é uma tese de defesa, peloamordedeus!, não me interpretem mal, mas uma constatação das distorções da realidade que a mente pode criar.
Denúncia
E por incrível que pareça, há um caso entre nós que precisa ser imediatamente denunciado. Uma relação incestuosa que está acontecendo, onde desta vez, os filhos são os algozes, e mantém a mãe presa em um porão! Aqueles que se tornam sabedores desta situação tentam em vão denunciar estes abusos praticados, mas parece que os filhos desta senhora são muito poderosos e alguns dizem até que têm grande influência sobre os veículos de comunicação. Outros mais conformados acham até que a velhinha gosta da situação e dos constrangimentos que os filhos lhe infligem. Mas a relação é promíscua e temos que dar um basta! Imediatamente!
O porão
O que mais revolta neste nosso caso é que o porão onde se estabelece esta barbárie encontra-se em uma casa muito bonita, cercada de belezas naturais e que qualquer visitante, se não prestar bem a atenção nos seus moradores, se ficar envolvido pela beleza e pelo conforto da moradia não vai escutar os gritos que vem lá de baixo. Sim, porque dizem que às vezes a velhinha ensaia alguma vontade de fugir e voltar a ser soberana. Disseram-me que no último final de semana, a encarcerada ouviu movimentos estranhos, de pessoas no andar de cima e tentou fazer barulho, dar algum sinal de vida, enfim, pedir socorro. Mas foi em vão. A chuva forte e os estragos provocados por um ciclone extra-tropical desviaram a atenção dos convidados.
O pior está no sótão
Infelizmente existem outras barbaridades que cometem neste porão que nem podem ser contadas. Mas quem já esteve nesta “casa dos horrores” afirma que o pior não acontece no porão, mas sim no sótão. Diz que ele está vazio, cheio de teias de aranha. Um lugar frio e desabitado, onde o silêncio chega a apavorar. Já cogitaram em transformar o local em algo habitável, mas desistiram, ninguém se sente estimulado. Mas aí a culpa é somente dos moradores do andar de baixo.
Procura-se
Mudando de assunto. Precisamos urgentemente de caricaturistas! É inadmissível que nesta cidade não exista uma boa mão para retratar nossa miséria política. As piadas escorrem pelo ralo e não são aproveitadas. É o maior crime este desperdício do riso público! Vou tornar oficial este meu pedido ao Dickow e ao senhor Roberto de Roberto, proprietário deste veículo de Comunicação. Senão, sairei eu em busca do traço perdido.
Coluna publicada em 10 de maio de 2008.

Um comentário:

Blog do GEMIDT disse...

Agradecimento !
Gostaríamos de tornar público nossos mais sinceros agradecimentos aos amigos Eduardo Escobar e Paulo Lilja, por tudo aquilo que vocês fazem pelo Grupo Escoteiro Marista Irmão Dionysio Tonial.
Escobar, por sua divulgação do Movimento Escoteiro através da sua coluna no nosso Diário de Viamão e você Paulo, pelo incansável e incomparável trabalho gráfico que realiza para o GEMIDT há longos anos e, ainda, a vocês dois pelas palavras expandidas pelas ondas da nossa Rádio Santa Isabel.
São apoios fundamentais para que façamos do Movimento Escoteiro um movimento reconhecido por toda a nossa população, através de nossos trabalhos sociais reforçados sempre pelas palavras e gestos desses grandes amigos.
Um grande abraço de coração dos membros do GEMIDT.
Marcos Silva Gonçalves
Diretor Administrativo
GEMIDT - 301/RS